Fundamentos do ESG

Você já ouviu falar em ESG? Sabe da sua importância para o cenário atual em que vivemos? Fica aqui que vamos te explicar!

No universo corporativo, a agenda ESG têm se tornado sinônimo de uma abordagem empresarial mais consciente e responsável, justamente por estarmos vivendo em um mundo cada vez mais consciente da importância da sustentabilidade e do impacto social.

Nesse contexto, trouxemos a Coordenadora de ESG da Vai Fácil, Clara Saar, especialista apaixonada por criar mudanças significativas, para elucidar sobre esse universo.

“Pode-se dizer que a palavra do momento é a sigla ‘ESG’, que significa, em inglês, ‘Environment, Social and Governance’, traduzida para o português como ‘Ambiental, Social e Governança’. Existem tantas pronúncias quanto definições para esse acrônimo; há quem ame, há quem odeie, mas o importante é que essa pauta começou a ser discutida e, para além disso, passou a ser implementada e objeto de cobranças do mercado, da sociedade e do Estado”, disse Clara.

Em 2004, o termo apareceu pela primeira vez no relatório ‘Who Cares Wins’ (Quem Se Importa Vence, em tradução livre), publicado pelo Global Compact, uma iniciativa da ONU para que os negócios e instituições financeiras de todo o mundo se comprometam a contribuir para o alcance das metas de desenvolvimento sustentável.

O propósito inicial do termo era promover a incorporação de fatores ambientais, sociais e de governança corporativa na tomada de decisão de investimentos, de forma que essa incorporação pudesse contribuir para o atingimento dos princípios estabelecidos pelo Global Compact.

Cabe reforçar que tais princípios envolvem temas como Direitos Humanos, Trabalho, Meio Ambiente e Anticorrupção. O impacto desse relatório se deve ao fato de ter sido apoiado por 18 instituições financeiras de 9 países do mundo, que combinadas faziam a gestão (à época) de 6 trilhões de dólares em ativos.

“Bem, sabemos que empresas precisam de capital para se financiar, e se os ‘donos dos recursos’ dizem que as corporações que contemplam as questões ambientais, sociais e que possuem boas práticas de governança corporativa são mais lucrativas porque conseguem avaliar melhor os riscos, quem quiser acessar esse recurso financeiro precisará se adaptar. Tais resultados são alcançados porque essas empresas conseguem avaliar melhor os riscos, antecipar questões regulatórias e expectativas do mercado consumidor, além de reduzir custos (incluindo multas e gastos com reparação de danos)”, afirmou a coordenadora.

Dito isso, 20 anos se passaram desde o ‘lançamento oficial do ESG’, e de lá para cá, a urgência na integração desses fatores às estratégias e operações corporativas só aumentou – com especial destaque para as consequências do aquecimento global -, de forma que empresas de todos os setores têm buscado formas inovadoras para entregar soluções para os desafios de atingir o desenvolvimento sustentável.

Agora que já entendemos um pouco sobre o contexto do ESG, iremos aprofundar a discussão sobre os impactos dessa tendência nos negócios e quais são as melhores formas de incorporá-la no dia a dia, reforçando o papel da logística na cadeia de valor das operações empresariais e como uma logística sustentável é essencial para o atingimento dos objetivos ESG de (quase) todos os setores. Fique ligado nos próximos capítulos da série ESG na Logística!